Presidiários e Joias.

Presos conseguem reduzir pena produzindo os mais diversos itens.A cada três dias trabalhados um dia da pena é reduzido. E ainda têm direito a remuneração que vai de 25% a 100% do salário mínimo. Parte desse ganho é depositado em conta poupança para ser usado quando o detento ganhar a liberdade.
Uma grife mineira, a Doisélles, usa 100% da mão de obra dos detentos da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, Juiz de Fora, na sua produção. Suas peças chegam a ser exportadas. Além dos "empregados" pela grife existe a gigante lista de espera, muitos querem fazer parte desse processo.
No Presídio de Rita do Sapucaí, MG, os presidiários transformam esforço físico em eletricidade. Eles pedalam uma bicicleta ergométrica que armazena energia em uma bateria de carro.
Em Mato Grosso do Sul o trabalho é dedicado à montaria. Conhecimentos de um detento sobre a fabricação artesanal de selas, arreios e chicotes tem rendido produtos de excelente qualidade e procurados pelos consumidores. Tudo feito no Presídio de Paranaíba.
No Rio Grande do Sul a tradicional bombacha está sendo produzida pelos presidiários da Penitenciária Modulada de Montenegro.
Agora em setembro, em Itaitinga CE, será inaugurada uma fábrica de lapidação de pedras preciosas no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II. Cem presos estão sendo treinados para começar a produzir semijoias.

Fonte: Jornal "O Estado de São Paulo".
Imagem: reprodução online.