terça-feira, 13 de novembro de 2007

Tendo vontade é possível chegar lá!

Fiquei tão impressionada com a matéria do jornal "O Estado de São Paulo", no caderno Feminino do dia 11/11/07 que não resisti, quero dividir com vocês essa experiência. A matéria de Ciça Vallerio apresenta o designer de bolsas Roberto Vascon. Nascido em uma pequena cidade de Minas Gerais Roberto, de família humilde, não tinha sequer sapatos para proteger os pés. Calçou seu primeiro par aos 12 anos, isso porque ele mesmo o produziu. Trabalhou como catador de ferro velho, lavador de carros, vendedor de móveis e de roupas masculinas. Foi por causa desse último emprego que decidiu ir para Nova York, só com passagem de ida. Isso porque ele não conseguia vender nada aos estrangeiros, não sabia falar inglês... Chegando lá morou num banco do Central Park, usando jornal debaixo das roupas para se esquentar no inverno americano. Nessa época foi também vendedor de lixo. E numa noite um sonho mudou tudo, ele viu bolsas caindo dos galhos das árvores. Quando acordou decidiu empregar seus míseros trocados para comprar retalhos de couro e material de costura. Com isso conseguiu produzir 12 bolsas e foi para a luta vendê-las nas ruas. A editora de moda Nancy Harris do The New York Times parou e comprou todas. Publicou uma nota no jornal e em pouco tempo ele se tornou uma celebridade, agora ele saía dos bancos do Central Park para uma loja própria bem em frente. Vendeu bolsas para muita gente famosa. Em 1993 resolveu arriscar novamente. Vendeu tudo o que tinha e saiu numa viagem pelo mundo. Em cada um dos 100 países pelos quais passou contratava um professor para orientá-lo quanto à história e etiqueta locais. Mas tudo acaba e "principalmente" o dinheiro. Depois de 3 anos Roberto voltou ao Brasil sem nada. Os grandes amigos dos tempos dourados não existiam mais. Mais uma vez ele "voou" aos bancos do Central Park. Pediu dinheiro emprestado à amiga editora e confeccionou 12 novas bolsas. O sucesso voltou. Hoje sua loja está localizada em área nobre de Nova York. Passou a produzir calçados femininos numa fábrica em Belo Horizonte. Ele diz que quer voltar ao seu país (quando tantos querem sair daqui). Roberto nos dá uma lição quando diz: "Não tive sapato quando criança, mas hoje posso calçar o Brasil. Chegou a hora de colher os frutos na minha terra". Parabéns Roberto Vasconcelos, você é um belo exemplo. Parabéns Ciça Vallerio pela entrevista. Como podemos ver, tudo é possível, mas temos que querer de verdade e batalhar para isso.

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